Os estudos da Linguística na atualidade têm preconizado que ”ninguém diz nada à toda”, que todos os que se apropriam da linguagem pretendem não apenas realizar ações (atos ilocucionários) como informar, emocionar, ordenar, etc, ou seja, expressar conhecimentos, emoções, experiências dentre outros conteúdos, mas principalmente e na verdade “compartilhar sua visão de mundo” de tal maneira que o outro (o seu receptor) passe a também a ter a mesma visão. Dessa forma, a principal ação feita por quem se apropria da linguagem é a de CONVENCER, de PERSUADIR o outro a ver o mundo, a pensar e a agir como ele.
É por isso que, além de entender o que foi dito numa mensagem, é preciso entender por que o que foi dito foi dito, qual era e é a intenção do emissor ao se apropriar de uma linguagem e veicular determinada mensagem. Ler a mensagem nas linhas e nas entrelinhas, analisá-la à luz do contexto linguístico (a própria mensagem) e à luz doi contexto extralinguístico (espaço, tempo, situação, emissor etc) é ler de fato. Por exemplo: numa mensagem irônica, ao compará-la com o contexto em que ela foi transmitida é que ela é detectada. Na frase: “Nosso, como você é inteligente!”, não há qualquer erro gramatical ou mudança de sentido (não há “desvios”). Mas, se a mesma frase for dita para alguém que tirou nota zero numa prova ao entregá-la, a frase é irônica, pois “inteligente” está significando nesse contexto exatamente o contrário de inteligente. Há, portanto, um desvio semântico, que só é percebido diante do contexto extralinguístico.
Para conseguir o intento de persuadir, de levar o outro (ato ilocucionário) a fazer o que deseja (ato perlocucionário) ao transmitir uma mensagem, o falante não só se apropria da linguagem, mas também de técnicas e de OPERADORES ARGUMENTATIVOS.
Os alunos do Ensino Médio, desde o início deste ano, têm experimentado o proivilégio de estudar todos os elementos citados até aqui e muitos outros na Eletiva "Comunicação, Mídia e Storytelling", ministrada pelo Professor César Rodrigues, que enfatiza um importante elemento na comunicação persuasiva: o Storytelling, ou, a habilidade de contar histórias utilizando enredo elaborado, narrativa envolvente, e recursos audiovisuais. A técnica, cujo caráter é persuasivo, ajuda a promover o seu negócio e a vender seus serviços de forma indireta. Pode ser aplicada na produção de conteúdo, em vendas e em consultorias. Na comnunicação social, ajuda a “vender” ideias... “É a arte de contar, desenvolver e adaptar histórias utilizando elementos específicos — personagem, ambiente, conflito e uma mensagem — em eventos com começo, meio e fim, para transmitir uma mensagem de forma inesquecível ao se conectar com o leitor no nível emocional. Para isso, usa elementos narrativos visando engajar, informar ou persuadir o público.
Essa prática é fundamental em diversas áreas, como, Educação, Jornalismo, Entretenimento, etc. Ao construir uma narrativa envolvente, o storytelling ajuda a transmitir mensagens de maneira mais eficaz e memorável.” (https://www.rdstation.com/blog/agencias/storytelling/)
Para tanto, o Prof. César elaborou o seguinte Plano, desenvolvido ao longo do ano letivo:
1. Linguagem:
2. Storytelling, a Arte de Contar Histórias:
3. Escrita Criativa (Ficção e Storytelling):
4. Introdução ao Conceito de Mídia:
5. Propaganda e Mídia:
6. Aplicação de Conhecimentos:
Uma das vantagens desses estudos é que o aluno vai aprender a contar boas histórias, garantindo que está produzindo um material único, mesmo sobre tema desgastado ou muito conhecido, pois seu conteúdo abordará uma perspectiva única: a dele, tornando-a também inesquecível.
Mas a maior vantagem certamente é a de que, reconhecendo as técnicas persuasivas de um discurso, só haverá adesão (compartilhamento da visão de mundo) do receptor se essa for a vontade dele. É a liberdade de ser protagonista no processo!
A Coordenação Pedagógica Geral